Te Contando: Orgulho e Preconceito


Eu sei que já deve ter milhares de resenhas sobre esse livro, mas ainda assim me sinto na obrigação de falar sobre ele.
Meu interesse por algum livro de Jane Austen surgiu depois que minha autora preferida falou dela, mas por algum motivo seus livros sempre estavam no fim da minha lista de desejos, até que eles também entraram nos desejos da minha irmã e ela resolveu comprar Orgulho e Preconceito. Era a minha oportunidade.
Orgulho e Preconceito tem uma narrativa diferente das que estou acostumada, principalmente se levarmos em conta que não costumo ler livros de época, com mais detalhes e narrações sem diálogo do que estou habituada, este livro te dá muito mais que apenas o romance dos mocinhos. Ah, os mocinhos...
Elizabeth, ou Lizzy, é uma jovem com pouco dinheiro, atraente, inteligente, bem humorada e sincera que não costuma levar desaforo para casa, cuidando sempre de dar a melhor resposta a quem lhe afronta. Já Sr. Darcy é um homem muito rico, bonito, reservado e que parece estar sempre de mau humor aos olhos das outras pessoas. Logo no primeiro encontro dos dois em um baile, Sr. Darcy rejeita Lizzy que resolve tratá-lo com a maior indiferença possível e ele se vê na obrigação de também tratá-la assim, mesmo depois achando-a atraente e se encantando pelos seus olhos.
Lizzy, embora seja uma boa garota, sempre tende a manter as primeira impressões das pessoas, despertando um certo preconceito, e Darcy por ser rico, deixa seu orgulho tomar conta de si e não se permite se apaixonar por uma garota de classe inferior. Com os motivos já existentes para eles não se aproximarem, ainda existe a família de Lizzy, que com exceção de sua irmã mais velha, Jane, todos os outros juntos criam um belo desastre.
Sua irmã Mary vive para os estudos achando que assim pode conseguir um bom marido, e sempre acha que é melhor em tudo, suas outras duas irmãs mais novas, junto com sua mãe, formam um trio de mulheres cabeças de vento que só pensam em o que deve ser feito para conseguir um bom marido, já seu pai, mais retido e inteligente, mesmo sendo um bom homem é um pai ausente que prefere zombar a ter que intervir na vida das filhas. Jane, contida, inteligente, bondosa e inocente é a única pessoa que não piora a impressão ruim que Darcy tem da família de Lizzy.
Falando em Jane, ela, junto com o Sr. Bingley merecem destaque por juntos formarem um casal muito bem construído que nos mostra o quanto o amor poderia valer menos que as aparências naquela época. É impossível não torcer por eles.
Se eu fosse falar de todos os personagens bons aqui demoraríamos muito tempo, porque na verdade todos os personagens são bem construídos e escritos no intuito de nos mostrar um pouco da realidade que Jane Austen vivia. Ao ler Orgulho e Preconceito vemos uma personagem principal e principalmente uma autora muito à frente da sua época.
Muito bem escrito é o que podemos dizer deste livro, com sua narrativa rica de detalhes podemos perceber a paixão quando os personagens ainda não fazem ideia da mesma. Entramos no livro e vivemos a história junto com todos. Podendo entender porque Jane Austen e seus livros se tornaram atemporais.


Minha nota: 10,0


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