Eu te vi chegando,
não nego. Sua presença sempre foi algo impossível de ser ignorado. Mas nem nos
meus pensamentos mais loucos tu ocupavas tanto espaço. Mas tu entraste,
bichinho. Tu entraste na minha vida e reivindicaste um espaço que já sabias que
era teu, ainda que eu não soubesse.
Tu chagaste
daquele teu jeito que sempre falo. Flertando sem nem perceber. E eu fui
flertando junto sem nem querer. Tu tens esse dom. Causas um rebuliço não só nas
várias meninas que te falo, mas em mim, naquela época e ainda agora. Tu fazes
eu dar sorriso bobo no ônibus e suspeito que até em um enterro. Me causas uns
picos de felicidade que eu até estranho.
Tu foste ficando
de um jeito só teu também. Uma mensagem aqui, uma conversa ali, um momento que
você se fazia presente. Aos poucos tua rotina foi cabendo na minha e quando eu
vi a gente já vivia uma vida a dois. Tudo natural e ao mesmo tempo
reivindicado. Eu não estava disposta a te dar isso, mas tu conseguiste e eu não
posso te negar.
Agora eu me
encontro vestindo tua camisa verde que é minha preferida. Aquela que tu usaste
na primeira vez que jantamos fora. Me encontro cheirando a tu no teu quarto que
só cheira a tu também. E eu quero mais.
Eu quero tu,
bichinho. Quero casar, ter filhos e discutir se teremos gato ou cachorro. Quero
as minhas e as tuas manias misturadas mesmo que de começo nenhum ceda fácil. Eu
quero tu. Tua camisa, teu cheiro e teu jeito no nosso quarto, na nossa vida. No
meu coração.
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