Um filme com nome
grande, estranho e até engraçado. Essa é a primeira coisa que a maioria pensa
ao ver A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata no catálogo da Netflix,
mas começo essa resenha dizendo que ele vai muito além dessa primeira
impressão.
O filme –
adaptação homônima do livro de Mary Ann Shaffer e Annie Barrowse – conta uma
história sobre outras histórias. A Sociedade Literária e a Torta de Casca de
Batata se passa na década de quarenta, Inglaterra, e conta um pouco do mundo pós
Segunda Guerra Mundial, muitas vezes voltando alguns anos para relatar momentos
tristes que foram vividos.
Somos apresentados
à jovem escritora Juliet Ashton, que um belo dia recebe uma carta de um
desconhecido morador da ilha de Guernsey e fica sabendo de um clube literário
denominado: A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata. Logo, Juliet
fica encantada com a história e as pessoas desse clube, e decide ir até lá para
então poder escrever sobre algo que julgue importante. Nessa viagem a
protagonista descobre muito mais do que esperava. Escuta relatos de dores, sofrimentos
e vê marcas que o tempo não é capaz de fazer sumir.
Uma das coisas
mais lindas desse filme é o amor pela leitura e de como ele mostra que sim, a
literatura pode e salva vidas. Cada um do clube literário tem cicatrizes da
guerra que levarão pra sempre e que talvez, se não fosse os encontros semanais
onde leem, não fossem capazes de ter passado pelo que passaram.
“É uma
liberdade particular sentir o mundo escurecer à sua volta e precisar só de uma
vela para vislumbrar novos mundos.”
Outra coisa que me
agradou bastante é como tanto a Juliet, como a Elizabeth se mostram mulheres a
frente do seu tempo. A força e a coragem de ambas, assim como o crescimento
individual retratado no filme deixa tudo ainda mais inspirador.
“Ela deseja
ser levada a sério, mas não faz isso por si mesma.”
Além disto, o
figurino dos personagens é muito bem escolhido. A fotografia é um show à parte.
Simplesmente maravilhosa.
Se há uma crítica,
é de como o fim soa clichê comparado ao restante do filme, mas eu, amante de um
bom romance, não tenho muito do que reclamar. Embora finais felizes que acontecem
rapidamente me pareçam pouco críveis.
Um filme para se
ver em qualquer dia e qualquer hora. Uma história com um enredo bem amarrado e
que te prende do início ao fim, tocando de forma profunda sua alma.
“Jane Austen
entendia do que falava, e falava de um jeito elegante.”
⭐ ⭐ ⭐ ⭐ ⭐ 5 de 5 estrelas + 🌟.
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